Atualmente, os carros automáticos – ou seja, dotados de câmbio automático em substituição ao modelo manual – tornaram-se veículos muito populares no mercado. Seja por sua praticidade ou pelo conforto que agrega ao ato de dirigir, o interesse por esses veículos subiu 68% no primeiro semestre de 2021 em comparação a 2020, segundo dados da OLX.  

Produzidos em larga escala em todo o mundo, os carros com transmissão automática são vantajosos, já que esse recurso permite que o motorista evite mudar as marchas manualmente. Talvez por isso, de acordo com a consultoria Jato Dynamics, a compra de carros com câmbio automático no Brasil cresceu muito nos últimos anos, representando 40% das vendas atualmente no país.  

O bacana é que as transmissões automáticas ajudam a direcionar a força de rotação e a velocidade de um carro, mudando assim as relações de transmissão à medida que o veículo se move.  

De modo geral, o câmbio automático usa sensores que permitem mudar as marchas no momento apropriado usando a pressão interna do óleo. A troca de marchas acontece quando a transmissão é desconectada temporariamente do motor, o que é feito pelo conversor de torque. 

Mesmo com a popularidade crescendo, os carros com câmbio automático ainda geram dúvidas na cabeça de muitos consumidores. Afinal, antes de escolher um carro, você precisa decidir qual transmissão é a certa para você.  

Para decidir sobre um assunto tão sério, é essencial que você revise as informações sobre transmissões automáticas e conheça mais sobre o assunto. Entre os tipos diferentes de câmbio automático, as vantagens do modelo e as opções mais vantajosas do mercado, é útil saber quais são as diferenças e como cada transmissão funciona. Vamos lá? 

Tipos de câmbio automático

Na verdade, nem todas as transmissões automáticas funcionam da mesma maneira. Cada um tem seus benefícios, dependendo de como você dirige e do tipo de carro que você prefere, mas essas diferenças podem causar confusão e gerar dúvidas na cabeça de quem está procurando um novo veículo para comprar.  

Pior, aumentando a confusão, os fabricantes de automóveis geralmente adicionam suas próprias marcas à transmissão automática, o que pode dificultar as comparações entre os modelos rivais. Porém, independente do nome, uma transmissão automática será de um dos cinco tipos. Explicamos a diferença para você. Confira. 

1. Câmbio automático ou conversor de torque automático

Se você já dirigiu um carro de modelo mais antigo – com transmissão automática –, provavelmente era uma caixa de câmbio com conversor de torque. Esta é a tecnologia de caixa de velocidades automática mais bem estabelecida e ainda é a escolha preferida para carros de luxo devido à sua suavidade.  

Antigamente chamado de hidramático, nos melhores modelos, as mudanças de marcha para cima e para baixo são quase imperceptíveis. Em vez de ter o volante do motor conectado à embreagem (como seria em um carro manual), um conversor de torque depende do fluido hidráulico para transmitir a potência do motor às rodas.  

Eles são ótimos para uma condução descontraída, e alguns modelos oferecem a opção de assumir o controle manual das mudanças de marcha – seja pela própria alavanca de câmbio ou usando as pás montadas atrás do volante. 

2. Câmbio automatizado

Também conhecido como transmissão “sem embreagem”, uma transmissão automatizada é exatamente isso – o funcionamento padrão da transmissão manual de cinco ou seis marchas de um carro, mas com o trabalho da perna do motorista e do pedal da embreagem substituído por uma unidade de controle eletrônico, uma peça chamada atuador hidráulico. Eles são mais comumente encontrados no segmento mais barato do mercado, onde a instalação de outro tipo de transmissão automática não seria tão econômica. 

3. Câmbio automatizado de dupla embreagem

As caixas de câmbio de dupla embreagem são relativamente recém-chegadas ao mercado de carros novos, tendo aparecido pela primeira vez no início dos anos 2000. Como o nome sugere, esta caixa de câmbio tem duas embreagens, com um computador usando para engatar a marcha que você acha que precisará em seguida.  

Isso torna as trocas de marcha infinitamente mais suaves e rápidas do que um manual automatizado convencional, e sem a tradicional penalidade de combustível de um conversor de torque automático.  

4. CVT ou transmissão continuamente variável

Uma transmissão continuamente variável não é bem uma caixa de câmbio, pois não possui relações de transmissão fixas. Em vez disso, o motor e as rodas são geralmente conectados por meio de dois cones com uma correia entre eles (embora existam diferentes variações) e, conforme você acelera, os cones se movem ajustando a posição da correia e, posteriormente, a engrenagem.  

Essas transmissões são premiadas por sua eficiência e podem ser comumente encontradas em modelos híbridos.  

5. Caixa de velocidade única

Disponível apenas em carros elétricos, as caixas de transmissão de velocidade única são ideais, pois com menos partes móveis do que um motor de combustão, sua rotação máxima também é muito maior.  

Esse fator, combinado com o torque máximo dos carros elétricos, significa que a maioria dos veículos pode produzir potência suficiente com uma única marcha, independentemente da velocidade em que está girando. 

Cheio de vantagens e benefícios, como já citamos, os carros automáticos estão se popularizando no Brasil. Ainda assim, esses veículos também exigem bastante atenção do proprietário – como qualquer outro carro –, principalmente no que diz respeito à manutenção preventiva e à qualidade e troca do óleo de transmissão.  

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