Nos últimos anos, a indústria automobilística evoluiu muito. Com o advento da tecnologia, o mercado se modernizou e trouxe ao mundo novidades como sistemas de direção mais eficientes (por exemplo, a direção hidráulica e elétrica), sensores de frenagem automática, tecnologia de mapeamento que monitora pontos cegos e até câmeras nas partes traseira e dianteira do carro.  

Assim, nas últimas duas décadas, os investimentos em tecnologia foram direcionados, em grande parte, para modernizar os sistemas de direção do carro, facilitando (e muito) a vida dos motoristas e trazendo mais segurança e estabilidade para a condução de carros de passeio, veículos comerciais e até caminhões.  

Como os primeiros modelos de direção eram dispositivos mecânicos simples, os sistemas mais modernos foram pensados para reduzir o esforço de giro do volante, proporcionando melhor estabilidade de direção e oferecendo mais controle e segurança para dirigir. Com isso em mente, as pesquisas para modernizar os sistemas automotivos começaram a evoluir a partir do advento da direção hidráulica, sistema que revolucionou o mercado a partir de 1951. 

Na realidade, sem direção hidráulica, quase todos os veículos – desde os gigantes clássicos de meados do século 20 até os carros de tração dianteira menores e mais robustos de hoje, como os SUVs – seriam difíceis de dirigir. Com isso, a direção hidráulica dominou a indústria por mais de meio século, abrindo as portas para investimentos em sistemas mais modernos.  

Agora, os sistemas de direção híbrida (eletro-hidráulica) ou totalmente elétrica são comuns. Ideais para manter um controle eficaz do veículo em toda a sua faixa de velocidade com segurança, esses tipos de direção mais modernas são indispensáveis para o mercado atualmente, mesmo que ainda haja espaço para os tradicionais veículos de condução mecânica, principalmente os grandes clássicos.  

Quer saber mais sobre os tipos de direção e compreender como cada um deles afeta seu veículo? Então, acompanhe nosso artigo e confira todos os detalhes sobre direção mecânica, hidráulica e elétrica. Confira. 

Principais tipos de direção de carros

Direção mecânica

A direção mecânica foi o primeiro modelo de direção veicular do mundo. Muito comum nos automóveis antigos, ela ainda se faz presente na maioria dos carros populares hoje.   

Como um maquinário totalmente mecânico, esse sistema não conta com nenhum tipo de assistência e depende da força dos braços do próprio condutor. Com isso, ele exige que o motorista aplique bastante força para manobrar o veículo, o que pode ser um problema quando precisamos estacionar naquela vaga apertada, não é mesmo? 

De forma simplificada, a direção mecânica funciona através do movimento do volante, que é transferido até a caixa de direção por meio de uma coluna. A força do motorista condiciona a rotação, que é convertida e passada para os sistemas que controlam o posicionamento das rodas.  

Direção hidráulica

O sistema de direção hidráulica, como o próprio nome indica, utiliza dispositivos hidráulicos intermediários para reduzir o esforço necessário para direcionar as rodas dianteiras do veículo de um lado para o outro. 

Ele utiliza um fluido que é pressurizado por uma bomba acionada pelo motor, que fornece pressão hidráulica ao sistema de direção para diminuir o esforço da condução. Quando você gira o volante, a pressão hidráulica é aplicada ao seu mecanismo de direção, que gira as rodas de forma mais leve e segura.  

Todo o sistema depende do fluxo de fluido, por isso, quanto mais você gira a roda, mais fluido flui para o cilindro hidráulico, aplicando mais força às rodas para dar vida às suas manobras.  

De modo simplificado, a alta pressão atuando na válvula de controle auxilia o motorista a girar as rodas dianteiras. O fluido da direção hidráulica é armazenado em um reservatório, onde o nível adequado de fluido é mantido quando o líquido retorna da caixa de direção. Assim, os sistemas de direção hidráulica bombeiam continuamente o fluido e são suscetíveis à rotação do motor.  

Direção elétrica

A direção elétrica elimina os processos hidráulicos do sistema e funciona a partir de um motor de ímã permanente bidirecional, conectado ao mecanismo de direção. Nele, o motor extrai energia do sistema elétrico do veículo para fornecer assistência à direção, em que sensores detectam o torque ou esforço que o motorista está aplicando no volante, e um computador decide quanta assistência precisa ser adicionada.  

De modo simples, os sensores detectam para que lado o volante é girado, auxiliando o movimento da caixa de direção, usando sensores de ângulo de direção e torque, além de softwares sofisticados para ajustar a quantidade de assistência necessária.  

Neste sentido, o principal benefício da direção assistida elétrica em relação à direção hidráulica é que ela pode se adaptar às condições de condução específicas. Uma vez que um sistema de direção elétrica extrai significativamente menos potência do motor, ele melhora muito a economia de combustível e ainda ajuda a reduzir as emissões do tubo de escape.  

Direção eletro-hidráulica

Conhecido como direção híbrida, o sistema eletro-hidráulico une o melhor dos dois mundos. Ele funciona de forma bem semelhante à versão totalmente hidráulica, mas traz algumas melhorias, tanto no desempenho quanto no custo. 

Resumidamente, esse sistema utiliza um motor elétrico sem escovas para acionar a bomba de direção hidráulica, substituindo a necessidade de acionamento da bomba para pressurizar o fluido. Com isso, o sistema opera da mesma forma e proporciona a mesma sensação de um sistema de direção hidráulica convencional, mas oferece mais eficiência e segurança para a condução do veículo.  

Independentemente do tipo de direção utilizado pelo seu veículo, é fundamental investir na manutenção preventiva para garantir o máximo de segurança para dirigir. Como já sabemos, a manutenção constante é uma das melhores maneiras de garantir que seu sistema de direção e o restante dos componentes vitais do seu veículo possam ter o melhor desempenho.  

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